domingo, 25 de abril de 2010

UMA FESTA

Era um rapazinho de cabelos loiros,revoltos,e de olhos muito vivos,espertos. Irrequieto,pouco parava em casa. Tinha lá o seu grupo,de que era o capitão. Saía,muitas vezes,descalço,manhã cedo. Também,muitas vezes,não vinha almoçar. Ele lá se arranjava. Fome é que não passava. Um desenrascado nato.Percorria a terra em permanente brincadeira. Nos jardins,era uma festa. E foi num deles que um turista,irresistivelmente, o fotografou. Compreende-se o interesse,o entusiasmo, do turista. Aquele miúdo,que teria,quando muito,seis ou sete anitos,era bem a Estátua da Liberdade. Camisa aberta,calções descaídos,pés nus,expressão de desafio. Prometia,não lhe restava a mínima dúvida,visto possuir fortes marcas do sucesso.

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