OURÉM - PORTUGAL

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"Só por si a posição de Via Velha de Ourém,sôbre um alto morro isolado em meio de vales e planícies,sabido como essas condições naturais determinaram a formação de agregados humanos primitivos,inculca um passado antiquíssimo. Temos mais que uma prova documental que já existia no tempo de D. Afonso Henriques. Foi D.Teresa,filha do soberano e donatária da vila ,que lhe deu o primeiro foral,confirmado por D.Afonso II em 1217,e reformado por D.Manuel em 1515 e por D. Pedro II em 1695.

Elevada a condado por D.Pedro I,foi seu primeiro conde o célebre D.João Afonso Telo de Meneses,valido do monarca. Seguiu-se no tìtulo João Fernandes Andeiro,o amante de D.Leonor de Teles. Mais tarde,conta a crónica do Condestável,estando este em Santarém,um alfageme profetizou-lhe que quando ele voltasse,viria conde de Ourém. Com efeito,depois de Aljubarrota,D.João I deu-lhe aquele condado. De D.Nuno Álvares Pereira passou,por sua mercê,o título para seu neto D.Afonso,o filho primogénito do Iº duque de Bragança,de cuja casa nunca mais saiu.

A época de maior esplendor para a vila foi,todavia,a do conde D. Afonso,a quem D.Afonso V elevou a marquês de Valença. Ainda hoje os melhores monumentos da vila datam do seu tempo. Ele mandou construir o solar ,do qual restam formosíssimas ruínas,a Colegiada,quase toda destruída pelo terramoto,a fonte gótica à entrada da vila,e principlamente a cripta,onde se guarda o seu túmulo,formosíssima jóia de escultura."

RAÚL PROENÇA

Guia de Portugal 2º Volume

Biblioteca Nacional de Lisboa

1927

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DOIS QUEIJOS VIZINHOS

De Nisa - de ovelha

Imagem da Wikipédia

De Envendos ( Mação ) - de cabra.

A PREÇO DE SALDO

Já ia alta a manhã,mas ainda estava frio. A feira dava os últimos ares da sua muita graça. O piso dos arruamentos,de contornos irregulares,ao Deus dará,estava numa lástima,por causa da chuva de véspera. Aqui e ali viam-se restos de fogueiras. De madrugada,que ali levantavam-se cedo,devia ter estado de bater o queixo.
Junto a toldos,assavam-se e serviam-se frangos.Mesas não havia. Também se dispensavam,que aquela gente não era de cerimónias. As mãos e as bocas não se puderam lavar,que água corrente só lá na vila.
Ainda houve tempo de mercar dois chapéus de chuva a preço de saldo. Quem se livrara deles precisava de se despachar,pois tinha de ir armar banca noutra terra. Andava a semana num virote,com apenas um dia de descanso,para se ir fornecer.
Enquanto se era novo é que se tinha de dar. As suas cores despertavam inveja,mas a barriga não,de muito saliente,talvez da cerveja. Duas filhitas,louras como trigo maduro,nã o largavam,a pedir umas moedas para guloseimas.
A vila,lá muito em cima,alargara-se,com sinais de que morava ali outra gente. Talvez nem lá residissem. As novas casas estavam ali para os receber pelas férias ou pelo Natal,ou então para quando voltassem de vez,que alguns quereriam lá acabar,onde havia feiras como deviam ser.

ALENQUER - PORTUGAL

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"Alenquer compõe-se de três bairros : a vila alta ,erguida na encosta dum monte vestido de verdura em tôrno do seu castelo ... ; a baixa,no sopé da colina ; e o bairro de Triana ,separado de aquela pelo rio de Alenquer,pequeno curso de água de 34 km. que,tendo origem na serra de Montejunto,contorna a vila pelo N. e E.,indo lançar-se ao Tejo em Vila Nova da Rainha.

Camões refere-se várias vezes a Alenquer

... por onde sôa

O tom das frescas águas entre as pedras

Que murmurando lavam...

e chama-lhe "verde e clara".

....

Convento de S.Francisco,o primeiro da sua ordem em Portugal,fund. em 1222,e ainda em vida do santo,pela infanta D. Sancha,no local onde se erguiam os paços reais e ela recebera a visita,tão celebrada nas crónicas,dos santos mártires de Marrocos.

...

O claustro é manuelino.... No canto NO.um relógio de sol,de mármore de Génova,

foi oferecido por Damião de Góis em 1557.

...

Na parte baixa da vila ,a igr. de S.ta Maria da Várzea,fund. por D. Sancha em 1245,...,reed....à custa de Damião de Góis...,mas em cuja capela-mor,...,se conserva ainda o túmulo de Damião de Góis (mon. nac.),rematado pela sua efigie ,e cujo orgulhoso epitáfio,escrito pelo próprio cronista,comemora as suas longas viagens pelo mundo e o seu convívio com os príncipes e sábios da Europa. A data de 1560 que nêle se lê corresponde ao ano em que foi feita a lápide,e não ao da morte,que se deu em 1574. Damião de Góis presenteou largamente esta igr.,mandando-lhe da Flandres um pontifical de damasco e retábulos de Quintin Matsys e Jerónimo Bosch,além duma imagem de Ecce Homo.... Próximo e a E. da vila alta,a Quinta do Barreiro,onde,em 1501,n. Damião de Góis (lápide de 1883).

RAÚL PROENÇA

Guia de Portugal 2º Volume

Biblioteca Nacional de Lisboa

1927

CASTELO DE ALMOUROL,PRAIA DO RIBATEJO,VILA NOVA DA BARQUINHA - PORTUGAL

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"Quási no meio do rio,sobre um ilhéu proveniente de um afloramento granítico,com a alt. de 18 m. sobre o nível da estiagem,319 de compr. e 75 de larg. máxima,o Castelo de Almourol (mon. nac.),um dos mais interessantes de Portugal pelo pitoresco da situação e pelas lendas ,que chegaram a constituir o centro duma "epopeia medieval disseminada pelos livros de cavalaria e nos contos populares",e que o põem a-par,em prestígio romântico,dos velhos castelos lendários do Rheno ."

RAÚL PROENÇA

Guia de Portugal 2º Volume

Biblioteca Nacional de Lisboa

1927

CAPELA DE NOSSA SENHORA DOS MATOS,MOURISCAS (PORTUGAL)

The Commons

Galeria da Biblioteca de Arte - Fundação Calouste Gulbenkian

Azulejaria Portuguesa

Fotógrafo - João Miguel dos Santos Simões ( 1907-1972)

Data do original- 1960-1970

CASTELO DA AMIEIRA DO TEJO,NISA - PORTUGAL

" - 183 hm. Barca da Amieira( E. ),est. que serve a vila da Amieira (uma das 12 do priorado de Crato), sit. do outro lado do Tejo,na meia ladeira duma colina. No sítio do Pôrto há uma barca de passagem. Aí mesmo atravessou o Tejo o cadáver e préstito fúnebre da rainha S.ta Isabel ,na sua trasladação de Estremoz a Coimbra. Por êsse facto,diz-se,não há memória de ter sucedido nessa travessia infortúnio algum. D. Manuel deu foral à vila em 1512. O castelo ( mon. nac. ),constituído por quatro tôrres ligadas por grossas muralhas,foi fund. pelo prior do Hospital, D. Álvaro Gonçalves Pereira (pai de Nunálvares),que ali m. em 1378."

RAÚL PROENÇA

Guia de Portugal 2º Volume

Biblioteca Nacional de Lisboa 1927

Imagens de Armando Gaspar

Blogue OLHARES DA NATUREZA

GAVIÃO - PORTUGAL

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GÁFETE,CRATO - PORTUGAL

I-" Uma das treze vilas do priorado do Crato (foral de D.Pedro II,1688)."
Guia de Portugal 2º Volume Biblioteca Nacional de Lisboa
Raúl Proença

II- EB 1
Quem somos? Os nossos trabalhos ( A amizade. Dia das Comadres e Desfile de Carnaval. O João e o boneco de neve. Era uma vez uma gatinha branca.... A nossa terra ).
Da Web

O SILÊNCIO E O LUME

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Sem mo dizeres - compreendi que a nossa vida é,principalmente,a vida dos outros... Melhor: compreendi que a ternura é o melhor da vida. O resto não vale nada.
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Nunca me farto de ver as grandes pedras veneráveis,nem de falar com os jornaleiros,cavadores e pedreiros,que não ganham para comer,porque as mulheres têm filhos às ninhadas como os ratos.
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Qual é a fonte escondida da tua vida,só sei agora. Nunca pensas em ti - pensas sempre nos outros,ocupada num dever a cumprir,não como dever,mas como instintiva compreensão da Vida.
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RAUL BRANDÃO

Memórias ( Tomo II )
Vol.I
Relógio D' Água Editores,Março de 1999

CROMELEQUES DOS ALMENDRES , ÉVORA - PORTUGAL

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MONSANTO,IDANHA-A-NOVA-PORTUGAL

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