Estava a família,de novo,reunida. Ela ainda conseguira recuperar da doença que a minava,que a consumia,o que bem se via,na sua magreza,na sua palidez extrema.
Era meio-dia,de um dia lindo de primavera,pelo que tudo convidava a deixar a toca. Tinham acabado de sair dela,uma toca que lá vai teimando,apsar do caruncho,apsar,sobretudo,de dois incêndios,que a deixaram ainda mais alquebrada.
Saiu ele,primeiro,com o seu grande cão negro,saiu ela,depois,com o seu grande cão branco,que se lhe adiantou,pois não podia mais. E ali mesmo,em pleno passeio,aliviou-se. Mas por muito pouco tempo,uns segundos apenas,lá ficou o presente exposto,que ela,pressurosa,não permitiu,era feio,muito feio.
E para que outros aprendessem, ela atravessou, rapidamente, a rua, muito movimentada,abriu o saco-mala,tirou de lá um saquinho negro,de plástico,e,como mandam as boas regras,enfiou nele o presente do seu cão,que foi logo depositar no contentor ali perto.
E lá foram os quatro,como de outras vezes,tratar da vida,que se fazia tarde,que ela,a vida,não está para brincadeiras. Voltariam,lá pelo fim do dia,depois de terem tratado dela,da vida que lhes coubera.
sexta-feira, 20 de março de 2009
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário