O caudal de vinganças que corria por ali. Aquilo era mesmo um dilúvio,sem tirar nem pôr.
Podia dizer-se que nunca se vira uma enxurrada assim,de levar tudo a eito,casas até,mesmo as de alicerces mais fundos,mais sólidos. Não havia nada a fazer,apenas esperar que o mal passasse,que tudo tem o seu termo,mais tarde ou mais cedo,o que é preciso é ter paciência,se ainda restar alguma.
E toda essa desgraça porquê? Que teria acontecido para que tal se tivesse produzido? Era o que se pensava por ali,pensava e repensava. Depois de muito se pensar,alguém,nunca se soube quem fora,veio com uma razão,que rapidamente foi aceite por ser óbvia,só que mais ninguém se tinha lembrado dela. Coisas que acontecem,com cara de misteriosas,mas que de mistério nada têm.
Tratava-se,simplesmente,de uma questão de interesses,que tinham sido muito prejudicados,lá no entender do interessado. E quando os interesses são assim beliscados,aqui d'el-rei,que isto tem de levar uma grande volta. E iria saber o inimigo com quem se tinha metido. O inimigo iria ficar num trapo,feito lixo,que nem para adubo serviria. Neste caso,um caso raríssimo,não foi tida nem achada a alma,pois nela não se acreditava. Era tudo matéria,tudo interesses.
domingo, 29 de março de 2009
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