sábado, 27 de dezembro de 2008

NEGÓCIOS À PARTE

O moço fora a uma festa,longe de casa. Quando ela terminou,já se ouvia o galo cantar. Pior do que isso,o carro que o trouxera sumira-se,sem aviso,sabe-se lá porquê. Coisas que acontecem,
sempre que as bebidas e outras coisas mais intervêem.
Havia de arranjar outro,que os amigos são para as ocasiões. Felizmente,àquela hora,ainda havia um. Mas que um. Era um amigo que estava bem acompanhado. Fora sempre um grande coleccionador,e ali,naquela rija festa,arranjara mais duas para a sua colecção.
Quando se preparava para embarcar,uma das meninas desatou numa incontida e interminável choradeira,entremeada com uma forte determinação,ou ordem. Com este é que eu não vou,com este é que eu não vou. E dali não saía.
Teve de se lhe fazer a vontade,tanto mais que o amigo estava muito pouco interessado em a abandonar. Amigos,amigos,negócios à parte. Como já não restavam mais amigos,acabou por se encher de paciência,pois o combóio que por ali passava ainda ia demorar.

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