Sentir-se-iam bem ali,naquele barracão de chão térreo,em plena lezíria,ele,mulher e filhos. Ali viviam em quase toda a roda do ano. Quando a água punha aquilo tudo de molho,iam refugiar-se numa bela casa,com todos os apetrechos,ali perto. Mas logo que as coisas voltavam ao que era dantes,lá marchavam de novo para o seu meio,recomeçando a viver.
Era o barracão um vasto espaço limitado por madeira e coberto de telha vã. A um canto,viam-se quatro compartimentos toscos,onde dormiam e cozinhavam. Tudo o resto era armazém dos artigos mais diversos.
Davam logo notícia,a meio da quadra,montes de melancia,de melão e de tomate,em particular deste,pelos odores de adiantada fermentação. Ao lado e nos fundos,lá se guardava toda a espécie de aparelhagem e de material agricola,desde tractores a produtos fitossanitários,e desde rações para gado a gasóleo.
Com um recheio assim,esta família era muito visitada. Chegavam ao ponto de quererem também ali permanecerem,dormindo,até,e disputando os víveres que por lá se viam. E eram ratos e ratazanas,e eram moscas,moscardos,formigas de todos os tamanhos,multidões,assim se podia dizer. Mas era disto que todos gostavam.
quarta-feira, 3 de dezembro de 2008
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