Se houvesse votação,era certo e sabido que seria ela a eleita,e a grande distância da segunda. É que ela era única,um caso muito,mas mesmo muito sério. Parecia uma santa que teria vindo lá não se sabe donde e tivesse pousado ali,como por acaso. E ainda bem,que o que não faltava por ali,e arredores,era gente carente,era gente que não tinha lá em casa um mimo,uma atenção,uma palavra doce,essas coisas que deram em rarear,se é que alguma vez abundaram.
Sofria de asma,coitadinha,merecia melhor sorte,ou não,sabe-se lá,que ela com o coração que tinha,e com o que ela via,era capaz de estar disposta a ir-se desta vida de tristezas o mais depresa.
As bichas que se faziam,pois só daquela menina é que gostavam. Ela atendia,ela falava,ela inquiria,um fenómeno. E ela sem poder,coitadinha,mas lá desencantava uns farrapos de energia para cumprir o que ela acharia ser a sua missão.
Um dia,deixou de vir,depois,mais outro,e assim por diante. Uma grande,uma incontida tristeza derramou-se por ali. E agora? Onde estaria quem a pudese substituir? Acabaram por se conformar,que remédio. Chegara a hora dela,que tinha tardado. Mas não vivera em vão. Dera coisas de que outros careciam,coisas que iam escasseando,com cara de se tornarem coisas de um passado,que é capaz de não mais voltar. Quem sabe?
terça-feira, 17 de fevereiro de 2009
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