quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

QUARTA CASA

Um caso para pensar,esta mudança. Talvez para se estar mais perto da primeira casa,quem sabe? Como quer que seja,valeu a pena. Podia lá haver melhor varanda sobre o grande rio,que corria lá a dois voos? A vista era franca,soberba, para todo aquele amplo e rico vale. A variedade de cenários,em toda a roda do ano,que por ali ia. Um encanto,de ficar ali,preso a ele. Só isto dava para pagar a renda e sobejava,que elas continuavam baratinhas.
Só tinha um senão aquele belvedere. É que o muro de suporte que ali se pusera não era de grande confiança,pois,aqui e ali,dava sinais de que,um dia,haveria grande desgraça.
E o que são,também,os tempos. A casa,além deste senão,era,aparentemente,um tanto ou quanto vulnerável,parecendo ser de muito fácil invasão. É que,nos fundos dela,abrira-se uma porta,no seguimento do tal muro. Era uma saída,não para a rua,mas para uma terra de ninguém,pelo menos assim parecia. E por parecer,permitia que se tivesse quintal e nele se instalasse um galinheiro. Não houve,porém,surpresas,talvez com receio de que as galinhas dessem o alarme.

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