Chapas metálicas volteavam no céu como simples papéis arrastados pela ventania. Lá tinha ficado sem cobertura a bancada do campo de futebol. Muitos telhados não resistiram,seguindo o exemplo de muitas chaminés. As árvores despiram-se de folhas e de ramos e muitas tiveram de mostrar as raízes. O ciclone,na sua fúria,quase desmoronou o grande jardim,a sala de visitas lá da terra.
Por essa altura,um pai de família,angustiado, fizera-se ao caminho,única forma de chegar onde se queria ir. Dias antes,deixara em casa mulher e filhos pequenos. Era o costume,era a sua vida.
Como estariam? Onde se encontrará o pai? Como estará ele? Devem ter rezado para que estivessem bem. Foram longas horas de angústia,naturalmente.
Teria muito para contar este pai quando a casa chegou. Mas pouco contou. Um inferno aquela estrada. Vira tombar árvores,vira outras lutando para se manter de pé,que as árvores gostam de morrer assim. Fora uma sorte não ter ficado lá.
segunda-feira, 6 de outubro de 2008
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