sexta-feira, 26 de junho de 2009

DO ÁLCOOL

"Junqueiro escreveu algumas poesias eróticas,que um livreiro do Porto a ocultas coligiu e publicou tirando quarenta exemplares. José Sampaio arranjou um para a Biblioteca Municipal do Porto. Junqueiro,que passou a vida a comprar por todo o preço esses exemplares,deu o manuscrito da Pátria à Câmara do Porto em troca do exemplar da Biblioteca. E dizia: - Esses versos não são meus,são do álcool."

RAUL BRANDÃO
Memórias(Tomo II)
Obras Completas Vol.I p.197
Edição de José Carlos Seabra Pereira
Relógio D'Água
1999

Sem comentários: