Pobres mães,sempre raladas com os seus filhinhos,mesmo quando eles cresceram muito,quando já são homens,ou mulheres. E como mudam os tempos,como mudam as vontades,que até parece não ter havido outros tempos.
Estava ela,a pobre mãe,muito chorosa,à porta da escola,manhã muito cedo. Nem teria dormido,
coitada dela. E quando entrava um,ou dois,os que calhassem,que era hora de começarem as aulas,ela perguntava,muito preocupada,se tinham visto o seu filho,o seu filho que não lhe tinha
aparecido em casa,naquela noite,pela primeira vez.
Nunca lhe tinha feito isso,e ele devia saber que ela estaria muito ralada. O que lhe teria sucedido,que havia por lá muitos perigos,o que lhe teria acontecido?
Lá procuraram confortá-la o melhor que puderam. Não se rale,minha senhora,que ele deve ter ficado em casa dalgum colega,que há muito que estudar,pois estamos em época de exames,ele deve ter-lhe dito. Vá para casa,não se apoquente mais,que ele há-de lhe lá aparecer.
segunda-feira, 15 de junho de 2009
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