sexta-feira, 26 de junho de 2009

SESSÃO TERMINADA

A casa enchera-se,pudera não. É que ia falar o chefe,mais propriamente,o chefe dos chefes. Estavam os chefes,todos os chefes,como mandavam as boas regras,e alguns peões,os que acharam que não deviam faltar por causa das coisas,dessas coisas que estavam sempre a acontecer.
O chefe dos chefes falou,lá dizendo de sua justiça,que era,aliás,muita,não fosse ele quem era,e depois, consentiu,dada a circunstância do momento,que outros dissessem também lá de sua justiça. Falaram alguns chefes,mas só alguns,senão nunca mais se saía dali. Os peões estavam retraídos,mas houve um que se atreveu.
Queria ele saber,e fê-lo com a máxima compostura,mais pormenores disto e daquilo. Foi atendido,mas não ficou satisfeito,pelo que insistiu,também com a máxima compostura.
O que é lá isso? Olhe,que abusos não admito. Mas... Não há mas,nem meio mas,cale-se,e já.
Foi uma corrente de ar polar que passou por lá. Estava a sessão estragada. Estava a sessão terminada.

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